Cases de Sucesso

Mais resistência e produtividade nas operações da principal mineradora de ferro do Brasil com Correias Transportadoras Mercúrio

RESISTÊNCIA E PRODUTIVIDADE COM CORREIA TRANSPORTADORA DE MINÉRIOS

Responsável pela produção anual de cerca de 30 milhões de toneladas de minério de ferro, uma das unidades da principal mineradora de ferro do Brasil, localizada a cerca de 100 km de Belo Horizonte, na cidade mineira de São Gonçalo do Rio Abaixo, conta com três plantas de britagem. Uma delas, a chamada planta de finos, responde por entre 15 a 20% dos minérios processados no complexo.

Resistência e produtividade são essenciais para a produção das mineradoras. Isso porque sua primeira etapa de britagem recebe pedras com granulometria de até 300 mm – matacos – que precisam ser fragmentadas até atingir a granulometria desejada.

Para isso, o minério é levado a um britador de mandíbulas que faz a primeira fragmentação, e o trabalho deste equipamento é crucial para a operação, pois o restante da linha está preparada para trabalhar com granulometrias menores.

Baixa resistência e produtividade: um problema recorrente

É neste ponto em que a mineradora enfrentava problemas: quando rochas lamelares passavam direto pela abertura máxima do britador de mandíbulas. Quando tal situação ocorre, alguns matacos atingem a correia transportadora em cheio.

A concentração de carga na extremidade de contato rasgava a correia. Pior do que isso, algumas rochas ficam presas nessa posição e com o motor movimentando a correia continuamente, o rasgo se alastrava de forma descontrolada.

Como a correia afetada tem apenas 30 metros de comprimento, em alguns casos não havia tempo de parar a operação antes da perda total da correia. E não pense que tal ocorrência era rara. “Houve vezes em que o problema ocorreu até três vezes em um mês”, lembra o engenheiro responsável.

“As plantas de britagem são sequenciais. Ao parar um transportador, todo o processo para, pontua.

Portanto, neste caso, além da segurança, resistência e produtividade devem andar juntas. Pois, em casos de paradas, a operação era interrompida, havia perda de produção, custos de manutenção e riscos de acidentes com os trabalhadores.

Trabalho em conjunto com a Mercúrio

Com mais de uma década de experiência na operação, a equipe de manutenção sabia da severidade da aplicação da chamada correia de sacrifício. “Não seria uma correia tradicional que resolveria o problema”, conta.

A necessidade não era exatamente por um produto que não rasgasse, mas que evitasse o alastramento do dano ao longo da extensão. Além disso, era imprescindível que pudesse ser emendada a frio.

A peculiaridade do caso levou o cliente a acionar seus fornecedores, mas só a Mercúrio aceitou o desafio. “O pessoal da engenharia da Mercúrio esteve na planta para identificar o problema e as características da operação”, salienta o responsável.

Nosso objetivo era apenas um: aumentar a resistência e produtividade da operação.

Num trabalho totalmente orientado ao cliente, o desenvolvimento da solução envolveu a Engenharia de Manutenção, a Equipe de Supervisão de Transportadores de Correia do cliente e a Mercúrio.

“Unimos experiências para desenvolver algo diferente porque sei da capacidade técnica tanto nossa, quanto da Mercúrio”, afirma o engenheiro.

Solução personalizada para mais resistência e produtividade

Como primeira tentativa, além do uso da cobertura MercoRip, mais resiliente e resistente a impactos e rasgos, uma malha de aço, Rip Proof, foi inserida na cobertura superior. Sua função é aumentar a resistência ao movimento no caso de um mataco atravessar a cobertura. Assim, um sensor verifica a sobrecarga na corrente e desarma o motor, evitando o alastramento do rasgo.

Na prática, ao ser atingida por uma rocha lamelar 30 dias depois da instalação, a correia parou apenas depois de 17 metros, lembra Alexandre Lacerda, então engenheiro da Mercúrio. “Os danos foram significativos e exigiram a troca total”, conta. Além disso, “o cliente precisava de resistência mínima de um ano”, lembra ao citar o desafio.

Identificado o problema e desenvolvida a solução, iniciou-se o segundo teste, novamente comprometido por um rasgo. Dessa vez na borda, pois a largura do Rip Proof era menor do que a da correia. “Voltamos para o projeto e melhoramos mais ainda a correia”, diz Lacerda.

Dessa vez, além da malha de aço cobrindo a largura total, foi inserida uma lona de aramida com a função de atuar como breaker. Isso aumentou a resistência a rasgos e, caso ainda assim eles ocorressem, o Rip Proof reduziria a extensão do dano. “Fizemos uma correia bem robusta e apropriada para este tipo de aplicação”, comemora o cliente.

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Os resultados de um trabalho em equipe

Instalada em janeiro de 2017, a correia foi um sucesso absoluto mesmo com o britador trabalhando com abertura máxima e permitindo a passagem de maior quantidade de matacos. O equipamento trabalhou por 13 meses consecutivos até fevereiro de 2018. “Ela não rasgou, mas trabalhou tanto que a cobertura superficial desgastou de forma natural”, avalia o engenheiro responsável.

De fato, resistência e produtividade eram indispensáveis para as operações da mineradora.

Como consequência de um intenso trabalho de engenharia orientado ao cliente e desenvolvido a quatro mãos, o resultado se disseminou. “Replicamos o conceito para outros transportadores e outras minas”, conta o gerente de manutenção, que apresentou o case em seminários internos da empresa.

O sucesso é tão evidente que os cerca de 40 a 50% de custo adicional em relação à solução convencional são absorvidos pela maior confiabilidade da planta. “O pessoal de campo fica surpreso com a resistência e durabilidade. Chegamos a um conceito que funciona”, comemora o cliente. 

Para Lacerda, se trata da correia mais resistente oferecida pela Mercúrio atualmente e que, por isso, apresenta uma relação entre custo e benefício indiscutível. “Ela se paga em comparação à quantidade de correias que teriam de ser compradas e por evitar paradas”, diz.