Para qualquer empresa, é temerário ficar com parte da produção paralisada. Afinal, a durabilidade e eficiência das operações são essenciais.
Imagine então, correr o risco de ver toda a linha interrompida por um longo período porque um equipamento vital para a operação parou de funcionar. Pois até 2007, este era o caso da operação de uma das unidades de uma grande cimenteira do Brasil, localizada no Estado de Sergipe.
A durabilidade e eficiência eram indispensáveis neste caso, pois a operação sofria com recorrentes paradas ocasionadas por problemas na correia transportadora com cabos de aço que era, até então, utilizada. Acionado, o fornecedor anterior não conseguiu chegar em nenhuma solução que atendesse as duas necessidades da empresa.
Para ter consciência da dimensão do problema, a correia transportadora era a única a operar no transporte de material da mina para o chamado pátio de homogeneização. Deste pátio, os materiais são levados para os fornos. A questão é que o pátio tinha capacidade para armazenar material suficiente para apenas 24 horas de operação.
Se os problemas com a correia então utilizada já apresentavam transtornos com esta configuração, eles agravariam quando fosse concluído o projeto para aumentar a produção. O pátio passaria a suportar apenas 16 horas de operação sem abastecimento.
Era imperativo aumentar a durabilidade e eficiência da correia, que não conta com equipamento redundante, para aumentar a confiabilidade da operação. Foi aí que a autoridade da Mercúrio fez toda a diferença.
Entendendo o caso
Fabricada e fornecida por outra empresa, a correia então utilizada apresentava baixa durabilidade e eficiência. Rasgos e perfurações eram recorrentes e, em decorrência dos cabos de aço, qualquer indício de dano levava a paradas para conserto, naturalmente mais demoradas. Além disso, devido à quantidade de emendas, o custo com manutenção era elevado e a operação ficava muito tempo interrompida.
Aumentar a espessura da correia transportadora havia sido a única solução proposta até então. Entretanto, isso traria custos. “Levaria à necessidade de trocar o conjunto de acionamento por motores mais potentes, que têm valor de aquisição maior e gastariam mais energia”, pontua Marco Túlio Viana, Gerente de Contas da Mercúrio.
Devido à longa parceria que mantém com a Mercúrio, a cimenteira nos solicitou o desenvolvimento de uma solução compatível com suas necessidades, sempre levando em consideração a durabilidade e eficiência da correia, conforme lembra Viana.
Assim, mesmo sem ter conhecimento do histórico da operação, a Mercúrio foi verificar a situação. “Nosso Gerente de Assistência Técnica esteve no local para avaliar a situação do transportador e seus problemas para, então, apresentar uma solução”, diz.
Durabilidade e eficiência com Correia Transportadora de Lona Mercúrio
O gerente na época era Dalton Clermont. “Nossa proposta foi trocar a correia de cabo de aço por uma correia transportadora de lona PN (Poliéster-Nylon) fabricada pela Mercúrio”, conta ao se referir a um produto apto a condições severas de aplicação.
Os argumentos para a solução eram de que tal material apresenta operação facilitada e suporta operações mais brutas, afirma Clermont. Em última instância, no caso de reparos forem necessários, a correia de lona PN tem manutenção mais acessível tanto financeira quanto tecnicamente. A Mercúrio oferece, ainda, cinco anos de garantia neste material.
Contra a proposta pesava o fato de, com 2.800 m de extensão, se tratar de um TCLD (Transportador de Correia de Longa Distância). Em teoria, para TCLDs tende a ser mais indicado o uso de correias com cabos de aço devido ao risco de alongamento. “Correias de lona são, geralmente, indicadas para transportadores mais curtos e menos sujeitos a impactos ou rasgos”, comenta Viana. Enquanto as correias PN apresentam índice de alongamento de 1,5% as correias de aço apresentam apenas 0,5%.
Durabilidade Confiável
Para contornar o risco, a Mercúrio investiu em um projeto. Foram feitos cálculos para determinar o contrapeso necessário para evitar problemas de alongamento e a cobertura da correia passou de 6 mm para 8 mm. O sobrepeso da cobertura foi compensado pela redução do peso da carcaça, pois a lona pesa menos que o aço. Assim, os mesmos motores continuaram a ser usados.
“É preciso ter uma engenharia muito desenvolvida e um conhecimento aprofundado tanto do produto quanto da operação para chegar a uma solução como essa”, salienta Viana.
No entanto, nem a manutenção nem a garantia foram necessárias. A primeira correia transportadora de lona PN da Mercúrio operou não por cinco, mas por quase nove anos. A segunda está em operação há cerca de três anos e não apresenta qualquer indício de problema. Ambas dispensaram manutenção não programada. “Tiramos um produto que apresentava problemas e colocamos uma correia desenvolvida de acordo com as demandas do cliente”, resume Clermont.
Economia de quase R$ 6 milhões
Nesse contexto, o custo de aquisição cerca de 50% superior foi facilmente compensado pela ausência de manutenções, que oneravam a empresa em aproximadamente 30% do custo de aquisição da correia anterior.
Em resumo, garantimos mais durabilidade e eficiência às operações com a correia de lona PN da Mercúrio, além de redução de cerca de R$ 5,8 milhões ao longo de seus nove anos de operação e eliminação dos prejuízos à operação decorrente de paradas não programadas.
Estimativa de despesas mensais eliminadas pela solução da Mercúrio:
Especificação anterior | Correia da Mercúrio | |
Durabilidade esperada | 2 anos | 9 anos |
Custo de aquisição | R$ 980.000,00 | R$ 1.471.000,00 |
Custos de manutenção | R$ 320.000,00 | – |
Saving (R$) | – | R$ 5.850.000,00 |
Saving (%) | – | 450% |